Protego

Wingardium Leviosa!

Montei uma parede com barris de cerveja amanteigada, Hogsmeade estava terrível, corpos acumulados em pilhas, realidade bem diferente do passado.

A era Pós-Potter revelou-se como a última da história bruxa, da história humana, a esperança não acaba, mas os danos já alcançaram irreversibilidade em certas áreas. Voldemort parece uma piada de elfo agora.

Começou quando a paz estava aparentemente instalada, com o grande Potter sendo o primeiro ministro da magia, meu pai sendo chefe do departamento britânico dos armores e minha mãe responsável por Hogwarts. Por estar no eixo privilegiado historicamente, sempre fui alvo de preconceitos e expectativas instantâneas, ameaças que sempre irrelevei, e também por estar em tal meio só soube da conspiração quando ela emergiu. Já era tarde.

 

Accio!

Meu pai olhou para o jornal, seu rosto foi transformando-se, incrédulo.

—NÃO É POSSÍVEL!

 

Devo ressaltar que a era Potter foi a era de ouro da civilização. Os bruxos romperam antigos protocolos e revelaram-se aos trouxas, na verdade tudo isso ficou como denominação antiga, agora todos tratavam-se como humanos. O mundo havia se integrado enfim, a estratégia de apresentação fora bastante simples — tudo bem, tiveram que usar de feitiços e poções para “induzir” a aceitação e pacificação, porém ninguém saiu discordante no fim — os dois mundos coexistiam de modo que as diferenças só serviam para enriquecer os aprendizados.

 

Era a utopia sonhada pelo meu avô.

 

Claro, Potter ressalta em seu best-seller “Gênesis da Paz” que teve vários embates mentais até aceitar a ideia, pensou em certos momentos que a nossa miserável existência acabaria só piorando a situação, e que tudo daria errado. Que o mundo bruxo tinha suas razões para ser oculto. Ao mesmo tempo em que reconhecia que a maioria dos preceitos eram formados de meros paradigmas.

Que ele resolveu quebrar. E veio a paz. Conceitos que Potter conseguiu disseminar.

 

Estavam errados.

 

O caos havia se instalado antes mesmo do fatídico dia. Alunos da Sonserina fundaram secretamente instituições em conjunção com os trouxas, instituições de teor altamente discriminatório, que separavam os “sangue-puro” dos “sangue-ruim”. Juntaram o pior dos dois mundos de modo que ao perceberem a movimentação nada podia ser feito.

Então foi o tempo de Potter fazer um pronunciamento em rede aberta:

 

—Amigos, venho com peso lhes dizer que falhei em minha missão, confiei excessivamente em ideias minhas, que pareciam ideais comuns. Não eram. Refugiem-se com seus confidentes. Sei que meu tempo não é muito. Venho pedir desculpas e…

A transmissão foi cortada.

A essa altura meu pai já estava em alarde. Descobriu que haviam desaparatado Potter e que nada ficaria bem daí em diante.

—Potter está… morto.

Eu era uma criança. Não entendia a proporção do ato e nunca havia visto meu pai chorando. Vi uma nação desabando enquanto uma guerra se iniciava, o pior, não havia lados e líderes.

Só vi bandeiras e cores.

Não havia a quem culpar ou que sentido tirar daquilo.

Vi grupos, um que brandia “PELA LIMPEZA ÉTNICA DEFINITIVA” e outro que buscava a simples sobrevivência. Mais nada.

Depois daquele dia não vi mais meu pai, soube da morte dele através da minha mãe, que me mandou uma coruja, que conseguiu encontrar-me nos últimos acres de florestas inabitadas ou rastreadas por ali.

“Filho, seu pai padeceu. Como herói.

A Guerra da Irracionalidade está dominando o planeta como um todo, várias pessoas morrendo, o pretexto está sumindo, é como uma grande febre. Não há mais contexto de limpeza, porque esse já se perdeu em meio ao sangue. É o fim da civilização e provavelmente ao ler isso não estarei mais viva.

Sei que você é forte, por isso tente ao menos sobreviver e inspirar aqueles que ainda pensam que existe alternativa ao invés do ódio e inércia.

Com amor

Mione G. Weasley”

 

Arthur Granger Weasley.

Esse era meu nome.

O nome do meu avô, carregava, pois então, o ideal de décadas. A utopia dos meus antecessores, o sonho irrealizável.

NÃO!

É possível sim conseguir o estado de equilíbrio, não digo a paz em si, mas o acordo entre os justos.

Desde então tenho vagado sozinho, encontrado companhias preciosas com quem troco histórias e objetos, além de me alimentar, é claro. As nozes e frutos da floresta não dão forças além de uma mísera caminhada:

LUMUS!

O galpão se iluminava, era muita, muita comida; eu precisava saber para onde ir, mas quem garante que eu encontraria gente que não surtou? Que não perdeu a racionalidade.

Claro, todos suspeitavam que houvesse algo ou alguém envolvido nessa fase mais dramática da guerra, uma maldição, um vírus talvez? Porém ninguém poderia levantar fortes hipóteses sem parar de buscar pela própria sobrevivência.

Estômago vazio não pensa.

Enquanto comia pude começar a pensar nas relíquias, como seria bom se elas ainda existissem, não, a destruição realizada pelo ministério foi uma decisão sábia, bem como a incineração de todos os giras-tempos. Não havia paradoxo temporal para culpar aqui. Os erros são seus e pronto.

Um barulho interrompe minha refeição.

 

—Quem está aí?

 

—REVELE—SE OU EU MATO!

 

Um raio veio em minha direção.

 

PROTEGO!

 

O feitiço foi ricocheteando até sumir.

Vi que não era uma maldição imperdoável, a magnitude dele era simples, tinha cara de um Expeliarmus banal.

Será alguém com juízo mental inabalado?

Sei que os que sabiam conjurar feitiços sempre preferiam o desarmamento do que execução sumária, isso é coisa de gente sem razão.

Gente.

Não. Seria ela?

 

—Lunna Longbotton?~

—NÃO.

—Claro que é! Sou eu! Arthur!

—E como eu sei que você não é alguém que tomou uma polissuco?

—Pergunte-me.

—Qual meu feijão de todos os sabores preferido?

—Cera de ouvido! ahaha Eu nunca esqueço!

—ARTHUR!

 

Um abraço longo e demorado. Olhares rápidos e urgentes vieram depois.

 

—Eu não acredito que você está vivo! Senti tanta saudade.

—Luna, preciso de ajuda, como vão as coisas? Depois que saí de perto das cidades, vim pra floresta inaparatável, perdi a noção do tempo.

—A guerra vai de mal a pior Arthur. As pessoas estão lutando sem motivo, não há mais lados. Um amigo meu do Chile que conjura feitiços sem precisar de palavras; ele informou que há grupos de sobreviventes que lutam contra verdadeiros zumbis!

 

Aquela alegoria fantástica que conhecemos por Inferis…

 

—Estou muito triste, nenhum de nossos colegas dá sinal de vida, disseram que não existem mais vassouras, e que todas as bombas dos antigos trouxas serão reativadas.

 

Explico: No acordo entre “bruxos e trouxas” ambos concordaram de inativar de maneira definitiva as suas armas de destruição em massa, eles as bombas, nós as maldições.

 

Porém as maldições nunca dormiram.

 

—Lunna, você veio de onde?

—Faz uma semana que vim de Hogsmeade. Vim pra cá fugindo de mim, das memórias de meus pais sendo mortos na minha frente, usaram de Crucio para enfim executá—los usando armas humanas…

 

A menina caiu em choro.

Neville e Luna estavam mortos.

 

—Precisamos voltar para lá!

—NÃO ARTHUR! JAMAIS!

 

Tive que ficar durante semanas, até nossa comida chegar perto do fim, para convencê-la que ficando ali, o máximo que nos restava era esperar a guerra ou o mundo acabarem sozinhos. Nosso potencial não poderia ser ocultado, seria egoísmo com as poucas esperanças que todos têm.

 

—Então é isso, pronta?

—Pronta.

 

Partimos em direção a Hogsmeade, a cidade que era símbolo de diversão e festas agora era a pedra da resistência, seria o nosso núcleo.

 

Estava nevando, e muito, a silhueta da cidade já descrevia várias chamas e focos de fumaça, havia alguma batalha séria ocorrendo por lá.

 

—Você me dá cobertura Lunna?

—Eu não sei…

—Use protego totallum e se precisar imperius.

—Não uso de maldições, você sabe disso.

—Não temos escolha.

 

O silêncio confirmante.

 

Na primeira avenida que entraram, visualizaram uma fogueira, e uma pilha de seis corpos, todos adultos, faíscas voavam perto da pilha, muito provavelmente a batalha estava próxima do fim.

Observei.

Duas dezenas batalhando contra si mesmo, não havia ordem, apenas mortes e mortes. Todos pareciam zumbis automáticos por ali.

Foi quando nos viram.

Todos miraram a atenção para nós, começou a saraivada de raios.

 

PROTEGO TOTALLUM!

Nossos escudos estavam unidos, em potência máxima.

—LUNNA, AGUENTE UM POUCO, VOU TENTAR PASSÁ-LOS PARA O NOSSO LADO!

IMPERIUS!

E por fim alguns foram acertados em cheio.

Formei um exército ao meu favor.

Tais aparentemente recuperaram a consciência, ricocheteando os feixes luminosos de modo a atingir nossa distância para reforçar o escudo.

 

Era incrível.

—Olá. – Alguns deles pareciam renascer.

E foi isso.

Descobrimos que a maldição Imperius revertia o estado de inércia mental o qual estavam submetidos nossos colegas, restava descobrir o porquê disso.

Enquanto isso eu poderia ficar muito bem ali, eternamente protegendo a Lunna.

 

Inspiração: Harry Potter (J. K. Rowling)

A Página

Era uma noite de final de reality show, algo completamente irrelevante para uma parcela da população, não fosse o fato de ser um evento mundial e o prêmio ser um país.
Um país inteiro.
As regras eram bastante simples, bastava conviver e sair aos poucos, o público escolhia o mais carismático e assim iam saindo, um por um, até sobrar os cinco finalistas.
Quatro homens e uma menina de dezessete anos, todos sabiam que ela se consagraria vencedora.
Era a oportunidade perfeita.
O clímax da televisão mundial seria atingido em 10 minutos, todos os participantes estavam acomodados em poltronas, esperando o resultado, espremendo-se em ansiedade com muitas línguas acompanhando do lado de fora.
A garota teve um rompante.
Saiu correndo, gritando, até a cozinha, os quatro rapazes a seguiram, tentando ajudar em vão, era histeria? O primeiro a ajudar teve o pescoço rasgado com a faca usada pra fazer o churrasco do almoço, o segundo com o susto caiu para trás, batendo a cabeça na quina da bancada de forma violenta e fatal, o terceiro foi para cima da menina, tentando imobilizá-la, sem sucesso, seu coração foi perfurado em um único golpe. O quarto arrancou a faca da mão da menina e incrivelmente cravou em si mesmo, enquanto ela restou sozinha.
A transmissão cessou depois disso.
As notícias que explodiram só diziam que a jovem havia sumido.

_E por que ele faria isso?
_Chamar atenção?
_Isso não é típico dele…
_Talvez queira passar um recado!
_Para quem?
_Talvez não seja ele, pode ser outro caso, não é porque foi aparentemente inexplicável que tem que ser ele!
_Não seja idiota, claro que foi O suspeito!
_Ele virou justificativa para tudo que aparece de inusitado agora? Estamos sofrendo uma crise de preguiça intelectual por aqui, pode assumir esse caso sozinho, eu vou embora.
_Não.

A arma apontada dizia por si só – a confidencialidade daquele caso só poderia ser desmantelada com o fim, ou dele, ou dos agentes.

_Pois bem, voltando a tese, por que ele faria isso?
_Ele com certeza deve imaginar que o investigam, talvez seja um jogo para mostrar quem tem mais poder.
_Entendo, pensando assim, creio que ele espere que nós contra-ataquemos, não, ele quer falar conosco, quer encontrar-nos.
_Ele quer uma emboscada. Pra acabar com o jogo.
_E como podemos confirmar isso?
_Temos que esperar, se for de fato o que estamos pensando ele fará uma pressão cada vez maior, não irá poupar ninguém.
_NÃO PODEMOS ESPERAR ENQUANTO VIDAS SÃO SACRIFICADAS INUTILMENTE!
_Mas não estaríamos entrando no jogo dele?
_Não temos opção. O jogo pode ser dele, mas a jogada ainda é nossa, é questão de reverter.

A pressão no ambiente era crescente, o ar parecia uma coletânea de lâminas, respirar ardia.

_Então, quando e como faremos? Sei que acima de tudo devemos ser rápidos, cada segundo…
_Calma. As emoções não podem fluir desta maneira.
_Que se dane, eu montaria uma armadilha para ele aqui mesmo no QG.
_Quem garante que ele virá em pessoa?
_É simples. Convoquemos indigentes sem nome.
_Como assim?
_Precisamos de todas as pessoas com as maiores desgraças de vida que conhecemos, pessoas que não existam em cartório.
_Eles servirão de escudo humano?
_Não, apenas faça.
_O que você está pensando?

E em tal situação os agentes já não eram mais um pensamento organizado, o time separou-se em quem era a favor da ideia ousada e quem era contra.
No fim todos concordaram. Parecia absurdo, mas a situação necessitava de pensamentos absurdos.
O anúncio foi público, secreto seria apenas o que aconteceria lá dentro, toda forma de imprensa fora avisada.

Os indigentes experimentaram alguns dias de vida nova, alguns não aguentaram a nova realidade, tão acostumados com a escória existencial, preferiram voltar, a maioria sabia que corria risco de morte, estar ali nunca seria de graça, porém estavam lá, esperando algo ou alguém.

16h e 32min.

Cai o primeiro indigente.
E como dominós todos vão desabando.
A ordem, a ordem das mortes escreveu algo, uma mensagem:

“QUERO QUE VOCÊS APAREÇAM NO TOPO DO CRISTO REDENTOR, LÁ ESTAREI”

A causa mortis dos indivíduos era clara e denunciava O suspeito: Parada cardiorrespiratória.

_Ele tem sérias tendências megalomaníacas. Não matava inocentes, apenas criminosos cruéis, depois a curva cresceu para todos os tipos de crime, agora qualquer um.
_E assim descobriremos quem ele é.
_E se for uma emboscada?
_Eu vou sozinho.
A equipe negou com veemência.

_Sou eu quem ele quer. A briga é comigo.
?
_Somos irmãos, tenho certeza que é ele.

O sol brilhava de uma maneira fúnebre. Se é que isso pode acontecer. E lá estava a silhueta, no polegar da estátua gigante.

Não havia ninguém, somente um pedaço de papel colado no concreto, escrituras.

 

“Querido irmão.

Esconder-se com tal pseudônimo, “L”, que ideia mais infantil de sua parte. Tudo bem, matar as pseudo-celebridades daquele programa não foi uma postura muito madura de minha parte, existem maneiras mais inteligentes de chamar atenção, o ato poderia parecer inexplicado.
Não foi.
Você deve ter suspeitado do acordo que eu fiz com os donos da emissora, em verdade, deve até mesmo saber que eu sou o assassino, o grande KIRA.
Digo mais, deve ter descoberto até nosso parentesco, nosso óbvio parentesco. Pensei em comparar-nos com Caim e Abel, mas não há lado bom ou mau por aqui.
Pois bem, os indigentes eu matei com meus olhos de Shinigami, mesmo que eles não fossem registrados, a alma deles denunciava um nome maior, um nome antigo, algo que só os deuses da morte dominariam e a tal artifício você não teve acesso.
Peço desculpas a quem entrou no meu caminho, porque no fim eu só queria dizer uma coisa:

GANHEI!

Ah, já ia me esquecendo:

– L Lawliet
Depois de ler esta página, irá amassar o papel e pular da estátua em um ato suicida.”

E na mente do investigador algumas poucas palavra ainda giravam conscientemente, mesmo sabendo que entraria no torpor proporcionado pelo caderno em alguns instantes:

“Não, irmão.
O derrotado foi você.
Nunca precise de Death Note para ganhar, sempre fui o melhor – e tal verdade ficará encravada em seu âmago eternamente, uma vez que minha vitória será eternizada com minha morte. Seu plano de captura está ocorrendo no QG e a ordem de execução para todos os suspeitos será realizada sem o menor problema.
EU GANHEI!”

O corpo despencando da estátua confirmou a ordem do pedaço de papel.
E a execução de Light também aconteceu, Light que morreu com vários tiros, remoendo a derrota definitiva.

“MALDITAS EMOÇÕES!”

Inspiração: Death Note (Do mangá originalmente escrito por Tsugumi Ōba e ilustrado por Takeshi Obata).

A Lua

Nota do autor: Tudo bem, apesar de fugir desse tipo de produção eu acabei cedendo aos impulsos, e agora criei esta categoria de inspirações em obras conhecidas da mídia. Livros, filmes, jogos e demais obras serão fonte para um conto, no fim eu cito a inspiração original, dando os devidos créditos.

O céu era pesado, com um vermelho-acizentado fixo, como se estivesse aspirando o ar. Apesar do belo panorama dos longíquos campos dali eu sabia que o cenário tendia a piorar, que tudo poderia ir pelos ares em pouquíssimo tempo, mas ali a paz parecia reinar, mesmo que os mares estivessem sujos, a água ainda fluía bem, não me fazia lembrar das pessoas hipócritas – ou seriam desesperadas? – daquela cidade.

Será que fugir do destino, ignorar o óbvio, era a sina deles? Ou eu estava enlouquecendo e imaginando o apocalipse?.

Como quando no início, como quando nunca imaginei parar nessa terra sem esperanças, como quando enganaram-me e perdi minha montaria, meu instrumento e minha forma; melhor início impossível para esta terra, um prenúncio de quão soturna seria minha estadia. E como de praxe eu sabia, que tudo estava sob minha responsabilidade, e isso nunca representaria que seria mais fácil. Pelo contrário.

Era uma terra cheia de pessoas egocêntricas e práticas, nunca precisei sequer abrir a boca, ou porque na maioria das vezes não me ouviam, ou porque minhas emoções já falavam por mim. Como quando daquela vez em que fui só um espectador do pai desfigurado que eu pude trazer de volta.

Na verdade, egocentrismo foi o que me trouxe aqui. “Por que seus amigos são seus amigos?”. O menino que internalizou o mundo e ignorou a realidade foi uma ferramenta para o maldito demônio. Desses que circulam por aí e temos que exterminar todos os dias de nossas vidas. E por causa de um gesto me vi nessa terra de gente triste e cheia de degradação moral. Aquele desfiladeiro, a música dos baixos, as esculturas, a montanha congelada dos emotivos seres de pedra, o pântano das leis tortas, este mar. Tudo que vejo por aqui é um reflexo de nosso mundo. Com o epicentro nesta cidade.

A lua, a lua é somente um gatilho, Termina é toda a Terra em si, a diferença é que eu não existo fora daqui, tenho certeza de que esta terra errônea, de que os quatro guardiões, tudo sou eu afinal, eu sou o Skull Kid, talvez tenha perdido minha parte da Triforce, ou talvez ela seja um pretexto também.

Sei que esse cenário de agora, essa lua calma e com a árvore mais linda de toda a existência no meio é muito melhor que o mar, e eu posso ser só mais uma criança, brincando de simplicidade e sem escapismos.

Quem são seus amigos de fato? Quero dizer, eles também se consideram seus amigos?

Inspiração: The Legend Of Zelda: Majora’s Mask – (Nintendo)